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Hipertensão Arterial e seus efeitos

A Hipertensão Arterial ou popularmente conhecida como pressão alta é uma doença bastante comum, acomentendo muitas pessoas, tanto jovens quanto velhos. A cada dez pessoas adultas, aproximadamente duas têm pressão alta. Entre os idosos ela pode chegar a atingir uma em cada duas pessoas.
Vale lembrar que, crianças também podem ter pressão alta ou hipertensão, ou seja, esta doença pode atacar homens, mulheres, crianças, pessoas calma e nervosas.

É uma doença considerada crônica entre os especialistas, uma vez que não há cura e perdura a vida toda e, aos poucos, vai danificando órgãos essenciais do organismo humano, tais como: coração, rins e cérebro. A Hipertensão Arterial provoca insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, derrame cerebral e insuficiência renal, podendo em muitos casos levar a morte.

A importância de medir a pressão arterial:

De acordo com estudos médicos, quando os valores da pressão arterial ultrapassam um determinado valor se torna prejudicial à saúde. Por este motivo, para prevenir e controlar a pressão é extremamente importante ir regularmente ao médico e medir a pressão arterial.

É sempre importante ressaltar que para prevenir e controlar a pressão alta devemos adquirir hábitos saudáveis, como ingerir menos sal,bebidas alcoólicas, fazer exercícios regularmente.

A pessoa que é diagnosticada com Hipertensão Arterial deve orientar seus filhos a medir a pressão arterial pelo menos duas vezes ao ano, já que em sua maioria aparece porque é herdada dos pais.

Cálcio Iônico

O cálcio presente no sangue é formado por três frações: cálcio ionizado, cálcio ligado a proteínas séricas e cálcio complexado a ânions. O cálcio ionizado é a fração mais importante do ponto de vista biológico, representando cerca de 50% do cálcio total, pois desempenha a função de íon regulador em muitos processos metabólicos, incluindo doenças ósseas, nefrológicas e neoplásicas.

De forma a avaliar os níveis de cálcio, o teste de cálcio total é o teste mais frequentemente solicitado. Na maioria dos casos, é um bom reflexo da quantidade de cálcio livre envolvido no metabolismo, uma vez que o equilíbrio entre o cálcio livre e ligado é, por norma, estável e previsível. No entanto, em alguns doentes, este equilíbrio é quebrado e, em consequência, o cálcio total deixa de ser o teste mais apropriado. Nestas circunstâncias, torna-se necessário determinar a concentração do cálcio ionizado, pois somente a mensuração do cálcio iônico pode fornecer uma avaliação precisa da fração do cálcio biologicamente ativa.

Vários fatores podem influenciar a proporção da fração do cálcio iônico, sendo os mais importantes a concentração de proteínas sérica e albumina, o pH do sangue e a temperatura corporal. A determinação de cálcio iônico é um indicador melhor do status de cálcio plasmático do que o cálcio total, por ser mais ativo e mais bem regulado pelos hormônios reguladores de cálcio.

Entre as condições em que se deve realizar o teste do cálcio ionizado incluem doentes em estado crítico que recebem transfusões de fluidos, doentes que foram submetidos a uma cirurgia, e quando as concentrações de proteínas no sangue não são normais, como, por exemplo, baixos níveis de albumina. A fração ionizada está aumentada no hiperparatiroidismo primário, em neoplasias e em caso de excesso de vitamina D. Por outro lado, pode estar diminuída no hipoparatiroidismo, na deficiência de vitamina D e no pseudo-hipoparatiroidismo.

Contudo, o cálcio iônico oferece a vantagem de se referir à fração do elemento fisiologicamente atuante onde não apresenta as variações que o cálcio total sofre com a taxa de proteínas, embora seja influenciado pelas condições de equilíbrio acidobásico.

Nota-se muita variação na realização do cálcio total pela técnica colorimétrica, portanto o LPS sugere a realização da dosagem de cálcio iônico pela técnica de eletrodo seletivo como um melhor parâmetro.

Ferro

O ferro desempenha funções importantíssimas no organismo, como trocas gasosas, fixação de oxigênio nas fibras musculares, produção de algumas enzimas, além de ser fundamental para a manutenção da homeostase orgânica.

A deficiência de ferro é uma das mais prevalentes desordens no homem. É encontrada particularmente em crianças, mulheres jovens e pessoas idosas, apesar de poder ocorrer em indivíduos de todas as idades e condições sociais.

A redução dos níveis de ferro é provocada pela deficiência de ferro total no organismo, pela perda aumentada de ferro ou ainda, pela elevação na demanda de ferro dos estoques do corpo (por exemplo, gravidez). Os processos mais comuns de diminuição de ferro são: anemia por deficiência de ferro, inflamação aguda, inflamações crônicas ou doenças malignas, infarto do miocárdio, hemorragia aguda, ciclo menstrual.

Ferritina

O teor de ferritina está diretamente relacionado com as reservas de ferro no corpo de tal modo que sua determinação serve para diagnosticar e controlar as deficiências e sobrecargas de ferro.

A ferritina é uma proteína produzida no fígado, ela é o melhor indicador do estoque de ferro no corpo e preditor de anemia ferropriva, porém é também um reagente de fase aguda e encontra-se aumentado nos casos de infecções cronicas, inflamações, doenças malignas como leucemia aguda, doença de Hodgki e carcinoma de mama. Aumentos nos níveis de ferritina sérica ocorrem também na hepatite viral ou lesão hepática tóxica.

Valores muito baixos não são correlacionados a nenhuma outra situação clínica, que não seja a deficiência de ferro.

A ferritina e outros testes de ferro podem ser usados para confirmar um diagnóstico de anemia se o exame de hemograma indicar que a hemoglobina e o hematócrito estiverem baixos, e principalmente se os glóbulos vermelhos forem microcíticos ou hipocrómicos. A ferritina pode também ser pedida quando há suspeita de sobrecarga de ferro.

Desta forma, a dosagem de ferritina sérica é um importante exame diagnóstico na investigação de distúrbios do metabolismo do ferro.

Mucoproteínas versus Alfa-1-glicoproteína Ácida

Dada a importância da utilização crescente dos resultados laboratoriais na clínica médica, é necessário cada vez mais confiabilidade dos mesmos.

A alfa-1-glicoproteína ácida é a fração das mucoproteínas mais significativas demostrada na eletroforese, sendo uma proteína de fase aguda que aumenta nos processos inflamatórios.

Eleva-se após o infarto do miocárdio, em doenças autoimunes, nas neoplasias malignas, na obesidade, na artrite reumatoide e também nas anormalidades hematológicas. Porém, valores diminuídos da alfa-1-glicoproteina ácida são observados em doenças hepáticas crônicas, na síndrome nefrótica e em pacientes com uso de altas doses de estrógeno.

Sua determinação pelo método imunoturbidimetrico substitui com vantagens a dosagem de mucoproteínas que, embora seja também um indicativo de processos inflamatórios apresenta menor especificidade, reprodutibilidade e consequentemente menos exatidão, uma vez que a determinação bioquímica das mucoproteínas por ser uma técnica manual é bastante susceptível a erros. Sofrendo influência da temperatura, tempo, além das alterações que ocorrem em relação à absorção no processo de filtração.

Já a dosagem da alfa-1-glicoproteína ácida é uma metodologia moderna por turbidimetria totalmente automatizada representando mais confiabilidade, sendo recomendada para substituir a determinação da dosagem de mucoproteínas.

Vitamina D

Vitamina D é o nome geral dado a um grupo de compostos lipossolúveis que são essenciais para manter o equilíbrio mineral no corpo, sendo também conhecida como Vitamina D antirraquítica e colecalciferol. A vitamina D apresenta-se na forma de vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). O ergocalciferol é de origem vegetal, ao passo que o colecalciferol é de origem animal e é formado pela irradiação ultravioleta. A vitamina D pode ser obtida de forma exógena e endógena. A forma endógena está relacionada a síntese a partir do 7-dihidrocolesterol (pró-vitamina D3) presente na pele, que por ação da radiação solar é transformada na forma ativa vitamina D3.A principal ação da vitamina D é manter a homeostase (equilíbrio) de cálcio.Para que a vitamina D seja ativa, ela deve ser transformada na pele (graças ao sol), e depois no fígado. É por isso que crianças pouco expostas ao sol podem ser raquíticas.

Por muitos anos as consequências da deficiência de vitamina D estiveram relacionadas somente a alterações da qualidade do osso. Nos últimos anos, tem sido observado que a vitamina D interage com outras funções do organismo e sua deficiência pode levar as mais diversas condições clínicas além da osteoporose. Podemos citar, entre elas, a associação da deficiência de vitamina D e o diabetes, infecções, doenças coronarianas, doenças autoimunes e até a obesidade.

A deficiência de Vitamina D pode ser observada em indivíduos que tenham pouca exposição ao sol, e naqueles que tenham problemas na absorção de lipídios ou problemas na dieta. Em crianças, a deficiência de vitamina D pode resultar no raquitismo, doença decorrente da inadequada mineralização do osso durante o crescimento com consequentes anormalidades ósseas, entretanto, isso é raro nos dias atuais, devido sobretudo à fortificação dos alimentos.

Em idosos, a deficiência de vitamina D é decorrente das alterações fisiológicas e mudanças no hábito de vida, a diminuição da exposição ao sol e mudanças na dieta. Em mulheres pós-menopausa, o baixo estado nutricional em relação a vitamina D pode ser responsável pela menor absorção de cálcio, desenvolvimento da osteoporose. Deficiências de vitamina D também podem ser decorrentes de algumas enfermidades, tais como: Crohn, doença hepática crônica e insuficiência renal crônica, entre outras. Para as grávidas, as mulheres que estão amamentando e para as crianças pequenas, é necessário um suplemento em vitamina D.

É difícil estabelecer uma dose diária recomendada para a vitamina D, dada influência da exposição ao sol e influência de fatores ambientais, como latitude, estação do ano, hora do dia e de fatores relacionados ao próprio indivíduo e aos seus hábitos. As fontes de vitamina D da dieta são os óleos de fígado de peixes e alimentos derivados do leite, como manteiga e queijos gordurosos. Dependendo da estação do ano, as concentrações de vitamina D nesses alimentos podem ser alteradas sendo menores no inverno. Ovos e margarina enriquecidas também são consideradas fontes dessa vitamina.

Vários estudos têm mostrado ou irão mostrar (ainda falta mais estudos clínicos para confirmar 100% de sua eficácia) que a vitamina D na medida certa pode ter um efeito preventivo ou curativo contra várias doenças graves como o câncer, o lúpus e outras doenças autoimunes. Isto faz com que a vitamina D possa ser uma das vitaminas mais interessante e útil ao nível médico.

Hepatites

Hepatite é um grave problema de saúde pública caracterizado pela inflamação do fígado. No Brasil, as hepatites virais mais comuns pertencem aos tipos A B e C. As duas últimas são transmitidas por contato com sangue contaminado através do sexo sem proteção, compartilhamento de seringas, agulhas, laminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam. As hepatites B e C também podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gravidez, através do parto ou até mesmo da amamentação.

Os sintomas geralmente se manifestam sobre a forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. As hepatites causadas pelos vírus B C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção. Quando evoluem e se cronificam, há aumento de risco para danos mais graves ao fígado, podendo levar ao óbito.

A hepatite B é uma doença de elevada transmissibilidade, com cerca de 17.000 novos casos detectados e notificados anualmente no Brasil. A história natural da infecção pelo HBV é marcada por evolução silenciosa; muitas vezes a doença é diagnosticada décadas após a infecção. Os sinais e os sintomas são comuns às demais doenças crônicas do fígado e costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença.

Quanto a hepatite C estima-se que 3% da população mundial esteja infectada pelo vírus, e que entre 60% e 70% das pessoas infectadas desenvolverão doença hepática crônica, necessitando de assistência à saúde especializada e de alta complexidade, assim como na infecção por HBV, a maioria dos casos é assintomático e o diagnostico tardio, ocorrendo décadas após a infecção viral.

Intolerância à lactose

A intolerância à lactose é o tipo mais comum de intolerância a carboidratos e acomete cerca de 70% da população adulta mundial. É uma síndrome clínica caracterizada pela incapacidade primária ou secundária de hidrolisar a lactose em seus monossacarídeos pela deficiência da lactase. A síndrome é composta por um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal, diarréia, náusea, flatulência, distensão abdominal após a ingestão de lactose ou de produtos alimentícios contendo lactose. A quantidade de lactose necessária para desencadear os sintomas varia de indivíduo para indivíduo, dependendo da porção de lactose ingerida, do grau de deficiência de lactase e do tipo de alimento com o qual a lactose foi ingerida.

A má absorção de lactose pode ser de três tipos: Primária, secundária e deficiência congênita. A mais comum é a hipolactasia primária em adultos, a secundária ou adquirida é causada por problemas no trato gastrointestinal e a congênita que se detecta ausência de lactase durante toda a vida.

Os métodos diagnósticos utilizados na rotina são os testes de tolerância à lactose com a ingestão de lactose oral. A técnica mais difundida nos laboratórios de análises clínicas é por curva glicêmica, em que se verifica a absorção da lactose a partir da variação da glicemia (entre jejum e após ingestão de lactose). Este teste apresenta suas limitações de ser invasivo, causar desconforto e possuir longa duração ao paciente, porém ele é considerado como o melhor teste de triagem para mal absorção de lactose, pois oferece um critério clínico quantitativo do grau de má absorção e também tem alta reprodutibilidade.

Com a validação do polimorfismo LCT-13910C>T, o exame genético passou a incorporar a rotina de exames de laboratório para diagnosticar hipolactasia do adulto (também conhecida como não persistência da lactase ou má absorção primária da lactose). O teste genético apresenta a vantagem de exigir menor tempo de permanência no laboratório e menor desconforto para o paciente, pois o mesmo necessita de uma amostra de sangue periférico não necessitando de jejum.

Dentre os vários testes para diagnostico da intolerância a lactose, tanto o teste oral de intolerância quanto o teste genético apresentam suas limitações, quer por serem invasivos e demorado, quer por seu alto custo e pouca praticidade. Portanto, o teste a ser escolhido dependera das facilidades técnicas de cada serviço, bem como das finalidades que se propõe.

O LPS disponibiliza os dois testes com o intuito de melhor atender os seus clientes, onde deve se levar em consideração o quadro clinico do paciente.

Troponina

As troponinas são proteínas do complexo de regulação miofibrilar que não estão presentes no músculo liso. Existem três subunidades: troponina T, troponina I e troponina C. Nas últimas décadas foram desenvolvidas técnicas de imunoensaios com anticorpos monoclonais específicos para troponinas. Após a lesão do cardiomiócito, baixa porcentagem de troponina livre no citoplasma é liberada na circulação, seguida por aumento gradual correspondente à dispersão de troponina ligada a complexos. Em necrose transmural, isso acontece após duas a quatro horas do início da injúria, atingindo o pico sistêmico por volta de 12 horas e permanecendo elevada por até 4-7 dias para TnI e 10-14 dias para TnT.2 A concentração sistêmica de troponina pode ainda variar segundo a circulação colateral, obstrução coronária intermitente, amplitude da lesão e sensibilidade dos cardiomiócitos.

Em consideração as limitações em se estabelecer um padrão ouro para o diagnóstico de infarto, estima-se que a CK-MB massa e as troponinas tenham um desempenho diagnóstico semelhante para o infarto nas primeiras 12 a 24 horas de evolução. As troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado, portanto, após 24 horas do início dos sintomas.

Por outro lado, níveis anormais de marcadores bioquímicos, incluindo as troponinas, não traduzem obrigatoriamente diagnóstico de infarto agudo do miocardio, nem o mecanismo de lesão miocárdica. Qualquer dano agudo ou crônico ao cardiomiócito pode levar a aumento de troponinas). Se a apresentação clínica não é típica de SCA, devem ser buscadas outras causas de lesão cardíaca relacionadas com aumento de troponinas, como insuficiência cardíaca, embolia pulmonar, insuficiência renal crônica ou sepse. As troponinas também têm valor na avaliação de pacientes com alterações isquêmicas no ECG ou com clínica sugestiva de dor anginosa. Pacientes com troponinas elevadas apresentam risco aumentado de eventos cardíacos nos primeiros dias de internação, havendo, aparentemente, benefício de manejo específico nessa população.

A troponina está alterada em sepses, acidente vascular cerebra l(AVC), insuficiência cardíaca, pericardites e miocardites, tromboembolismo pulmonar, doença renal avançada.

O aparelho cobas h 232 é um instrumento para a avaliação quantitativa de imunoensaios que utilizam a técnica de marcação em ouro. Os testes de diagnóstico rápido em formato de tira disponíveis para este aparelho suportam diagnostico e avaliação eficaz de doenças cardiovasculares, a avaliação destes testes combina as vantagens de um diagnóstico rápido com a interpretação clinica melhorada de valores quantitativos. O laboratório Pro Saúde sempre pensando em melhor atender seus clientes, adquiriu o aparelho cobas h 232 sendo um aliado no diagnóstico do infarto aguado do miocárdio, realizando na sua unidade de atendimento o marcador bioquímico troponina.

Portanto, levando- em consideração as limitações em se estabelecer um padrão-ouro para o diagnóstico de infarto, estima-se que a CK-MB massa e as troponinas tenham um desempenho diagnóstico semelhante para o infarto nas primeiras 12 a 24 horas de evolução. As troponinas cardíacas permanecem elevadas por tempo mais prolongado e, portanto, após 24 horas do início dos sintomas. Com o advento dos ensaios de troponina ultrassensível, não apenas a sensibilidade para a detecção de infarto agudo do miocárdio aumentou, mas também a detecção de níveis elevados do marcador em situações não relacionadas às síndromes coronarianas agudas.

Referências:

Arq. Bras. Cardiol. vol.102 no.3 supl.1 São Paulo Mar. 2014

V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST, 2019

Dímero - D

O Dímero D é um dos produtos formados através da degradação da fibrina, e sua dosagem tem sido muito utilizada na avaliação laboratorial de diversas situações de distúrbios da hemostasia, como a Trombose Venosa Profunda (TVP) e a Tromboembolismo Pulmonar (TEP). Nestes pacientes, a fibrinólise endógena leva a formação do Dímero D, que é detectado uma hora após formação do trombo e permanece elevado até 7 dias. O Dímero- D também pode ocorrer em outras causas, como coagulação intravascular disseminada, gestação, estados inflamatórios, grandes traumas, pós-operatório, e alguns casos de coma, entre outras.

O exame do Dímero D possui um alto valor preditivo negativo (VPN), ou seja, quando apresentado um resultado baixo ou negativo as chances do paciente desenvolver alguma das doenças relacionadas são quase nulas, no entanto, este VPN altera-se com a idade do paciente, podendo chegar a próximo de 30% nos mais idosos, deste modo, apresentando mais chances de ocorrer as doenças relacionadas.

Aplicação Clínica do Dímero - D no Covid: Com base em estudos, a International Society of Trombosis and hemostasis passou a recomendar a monitorização dos níveis de Dímero D, tempo de protombina, fibrinogênio, contagem de plaquetas. A quantificação de Dímero - D é um importante índice no diagnóstico das complicações vasculares. Níveis elevados tem sido usado em pacientes com covid-19 como marcadores de gravidade.

O aparelho cobas h 232 é um instrumento para a avaliação quantitativa de imunoensaios que utilizam a técnica de marcação em ouro. Os testes de diagnóstico rápido em formato de tira disponíveis para este aparelho suportam diagnostico e avaliação eficaz de doenças cardiovasculares e distúrbios da hemostasia. A avaliação destes testes combina as vantagens de um diagnóstico rápido com a interpretação clinica melhorada de valores quantitativos. O Laboratório Pró-Saúde sempre pensando em melhor atender seus clientes, adquiriu o aparelho cobas h 232 sendo um aliado no diagnóstico.

O intervalo normal do teste, inclui valores até 0,5 ug/mL. Valores superiores a 0,5 ug/mL devem considerar-se patologicamente elevado.

Mitos e verdades sobre exames laboratoriais

MITO: Muitos exames laboratoriais, quando realizados para avaliação do estado de saúde de uma pessoa aparentemente saudável, apresentam resultados normais e, portanto, desnecessários.

VERDADE: com o advento da medicina preventiva, os exames laboratoriais passaram a ter papel fundamental na avaliação do estado da saúde das pessoas e também na avaliação de risco para diversas doenças, como, por exemplo, a dosagem do colesterol total, frações e triglicérides para avaliação do risco cardiovascular. A utilização dos exames com esta finalidade tem grande impacto na detecção precoce e permite o tratamento muito antes do aparecimento de suas complicações. A prevenção, detecção precoce e o controle das principais doenças, crônicas, tais como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias, câncer de próstata, câncer do colo de útero, entre outras, resulta na redução do custo da assistência à saúde e garante uma excelente qualidade de vida às pessoas por um período prolongado de sua vida.

MITO: só é necessário fazer exames laboratoriais para obter diagnóstico de doenças.

VERDADE: os resultados dos exames laboratoriais também têm outras finalidades além do diagnóstico de doenças. São importantes, por exemplo, para a triagem de doenças a para a definição de seus fatores de riscos.

MITO: resultados de exames realizados no mesmo dia, em diferentes laboratórios, devem ser todos iguais.

VERDADE: os exames laboratoriais são procedimentos de avaliação qualitativa ou quantitativa de determinados analitos que possuem variação conforme a metodologia empregada e podem apresentar resultados divergentes entre diferentes métodos ou diferentes laboratórios. Os resultados representam uma "fotografia" do organismo em um dado momento. O método definido pelo responsável técnico do laboratório deve possuir uma avaliação de seu desempenho diagnóstico (sensibilidade, especificidade, valores preditivos etc.) e analítico (coeficientes de variação, controle interno da qualidade etc.) os resultados laboratoriais devem ser interpretados em conjunto com os dados clínicos e sempre realizados por profissionais habilitados.

MITO: além do jejum, não é necessário mais nenhum preparo para realizar exames laboratoriais.

VERDADE: o jejum pode ser dispensado para diversos tipos de exames laboratoriais, devido ao avanço tecnológico e a estudos científicos que auxiliam na interpretação dos resultados em diferentes estados metabólicos. Alguns medicamentos, exercícios, alimentação e horário são fatores que podem influenciar o resultado dos exames. É recomendado informar-se no laboratório.

MITO: a incorporação dos exames laboratoriais no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS) e na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável pela insustentabilidade dos sistemas de saúde.

VERDADE: a incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde contribui de forma positiva na assistência à saúde, uma vez que essas tecnologias são importantes para se obter diagnósticos mais precoces, avaliação preditiva etc. As tabelas de cobertura dos sistemas privado e público de saúde representam apenas uma pequena parte dos milhares de tipos de exames laboratoriais disponíveis atualmente. A avaliação de inserção desses novos procedimentos tem se mostrado mais restritiva do que flexível.

MITO: os exames laboratoriais são responsáveis por grande parte do desperdício dos gastos na assistência à saúde.

VERDADE: os resultados de exames laboratoriais apoiam cerca de 70% das decisões médicas. Os gastos com exames laboratoriais representam um percentual muito baixo do total dos custos em saúde: 1,3% na Alemanha e 2,4% nos Estados Unidos.

MITO: a realização dos exames é semelhante em todos os laboratórios clínicos. A única diferença perceptível está na qualidade do atendimento na recepção.

VERDADE: laboratórios que participam de um programa de acreditação da qualidade geram maior segurança aos seus pacientes. Os programas de acreditação têm como foco assegurar a segurança dos pacientes por meio de controles de processos e práticas, tais como a utilização de painéis de indicadores, controles de qualidade e redução de riscos operacionais. Além disso, os laboratórios acreditados também primam pela sua preocupação em oferecer o melhor atendimento na recepção, sempre com foco na segurança do paciente.

MITO: de 35% a 50% de resultados de exames laboratoriais não são retirados pelos pacientes.

VERDADE: diversos artigos, reportagens e entrevistas publicadas na mídia com essa afirmação não apresentam fontes de referências ou base de dados fidedigna. Muitos resultados - como aqueles que apresentam valores críticos - são comunicados pelos laboratóros diferente aos médicos. Pacientes recebem resultados por e-mail, telefone, SMS e outros meios; acessam os resultados diretamente no site do laboratório, entre outros recursos. Dados obtidos pela SBPC/ML fornecidos por laboratórios clínicos demonstram que o percentual de exames não retirados é inferior a 5% do total.

MITO: os laboratórios clínicos têm influência na quantidade de exames solicitados pelos médicos.

VERDADE: os laboratórios clínicos recebem os pacientes com pedidos de exames solicitados pelos médicos e realizam apenas os procedimentos ali descritos. Não têm influência na decisão médica em relação à quantidade ou tipo de exames a serem realizados. No entanto, é inegável o papel relevante do laboratório clínico em disseminar conhecimentos relativos à medicina laboratorial junto à comunidade médica, assim como assessorar o médico, quando solicitado a definir os exames mais adequados para um paciente, para fins de diagnóstico, acompanhamento clínico e também na interpretação dos resultados.

MITO: o número de exames per capita realizados anualmente no Brasil tem crescido devido à falta de critério em suas solicitações.

VERDADE: diferentes fatores levam a maior utilização dos exames laboratoriais na prática clínica: envelhecimento da população (pacientes idosos realizam cerca de 3,5 vezes mais exames ao ano quando comparados a adultos jovens), maior prevalência de doenças crônicas (mudança epidemiológica), novas tecnologias disponíveis e advento da medicina preventiva. Existem variações no número de exames solicitados por médicos de diferentes regiões do país, o que se deve a características do setor e não representa desperdício de recursosa.a